11 de abr. de 2007

O USO DA VÍRGULA


Uso obrigatório da vírgula nas orações estudadas


É obrigatória a vírgula para assinalar orações subordinadas que se encontrem no princípio de uma frase, ou seja, antes da principal ou subordinante. Exemplo: Se não tivesse pais, vivia num orfanato.

É obrigatória a vírgula para assinalar as orações intercaladas. Exemplo: Os dois irmãos, embora se dessem bem, saíam sempre sozinhos.

É obrigatória a vírgula para assinalar a presença das orações coordenadas adversativas, ou seja, qualquer oração coordenada adversativa é antecedida por uma vírgula ou outro sinal de pontuação forte. Exemplo: Está muito sol, no entanto está frio.

A regra anterior aplica-se também às orações coordenadas conclusivas. Exemplo: Estás com muita febre, logo ficas em casa.

Nota: Quer as conjunções/locuções adversativas, quer as conclusivas sempre que se apresentem no meio de uma oração vêm isoladas por vírgulas

Exemplo: O Gustavo chegou tarde. Os amigos, no entanto, continuavam à sua espera.

É obrigatória a vírgula para assinalar orações justapostas. Exemplo: No recreio, os rapazes jogavam à bola, as raparigas conversavam, os contínuos faziam a limpeza do recinto.

É obrigatória a vírgula para assinalar orações coordenadas copulativas que apresentem sujeitos diferentes. Exemplo: Eu vou passear, e tu vais estudar.

É obrigatória a vírgula sempre que numa frase haja uma enumeração de orações. Exemplo: Eles jogavam, elas brincavam, os outros cantavam.

Outras situações de uso obrigatório da vírgula

É obrigatória a vírgula para assinalar o vocativo onde quer que ele se encontre na frase. Exemplo: Joana, vem cá!

É obrigatória a vírgula para assinalar o aposto. Exemplo: O Rui, irmão de um amigo meu, está na universidade.

É obrigatória a vírgula para assinalar expressões de carácter explicativo, como ou seja, isto é... Exemplo: A escola Domingos Rebelo, isto é, a minha escola, situa-se na Av. Antero de Quental.

É obrigatória a vírgula para assinalar enumerações simples de carácter morfológico. Exemplo: Eu fui ao mercado e comprei maçãs, batatas, bananas, cenouras, alfaces e couves.
É obrigatório o uso da para assinalar o local numa data. Exemplo: Belém, 11 de Abril de 2007


O USO DO PORQUE JUNTO E SEPARADO

Na língua portuguesa, existem quatro tipos de "porquês". Eles são utilizados em ocasiões diferentes, mas é muito fácil se enganar em uma redação. Veja a diferença entre eles:

Por que (separado sem acento).

Usa-se esta forma para iniciar perguntas:- Por que fizeste isso?Podemos trocar o "por que" por "pelo qual motivo", sem alterar o sentido:- Pelo qual motivo fizeste isso? Por que -> pelo qual motivo.

Porque (junto sem acento)

Utilizamos esse formato para responder perguntas, exemplo:- Fiz isso porque era necessário. É possível trocar o "porque" por "pois", sem alterar o sentido:- Fiz isso pois era necessário. Porque -> pois.

Por quê (separado com acento)

Utiliza-se o "por quÊ" em final de frases:- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?

Porquê (junto com acento)

Essa forma é utilizada quando o "porquê" tem função de substantivo:- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo)- Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir.